quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um lapso momentário de razão.

Um Lapso Momentário de Razão

Capítulo 1 – Sinais da Vida.

O escuro me engolfava naquele ambiente escuro úmido, o som dos meus passos ia me seguindo. A luz no fim do túnel ia ficando cada vez maior, e mais próxima.
Capítulo 2 – Aprendendo a Voar.

Cheguei por fim àquela luz toda e me vi num imenso precipício, olhei àquele ponto sem retorno, senti algo nas minhas costas. Olhei para trás e vi duas asas enormes que poderiam me carregar facilmente. Elas se abriram e eu me joguei naquele nada na minha frente. No início, uma queda livre sem igual, rodei pelos céus apenas para ter a sensação de voar, de aprender a voar.

Capítulo 3 – Os cães de Guerra.

Sobrevoei um belo campo e após uma elevação, uma batalha, uma enorme batalha. Milhares de soldados se matando, dois generais gritando ordens para seus subordinados. Pousei e soube das histórias, me jogaram um rifle e disseram: “Vai!”. Segui uma companhia e foi somado àquela batalha um jovem soldado, ia matando e matando até o momento de dor. Ahh! Dor intensa! Que agonia, sensação horrível e o mundo estava caíndo...

Capítulo 4 – Um escorregão.

Sons esquisitos, os sentidos voltando aos poucos. Branco! Fios espalhados pelo meu corpo. Minhas asas amarradas, eu algemado na cama do hospital. As lembranças de uma passado não tão distante me atormentavam, toda a vez que eu me lembrava daquela guerra, os inocentes que eu matei. Os culpados que deixei para trás. Aos poucos me soltei daquele lugar, mas nunca me soltei da minha mente, que se auto-flagelava talvéz para reparar o dano que fez. Corredores e mais corredores, e em um deles não havia luz. Segui por ali até dobrar a esquina e ver uma cena que me chocou.

Capítulo 5 – Ao Virar a Esquina.

 O escuro tinha tomado aquele aposento, figuras disformes estavam em roda fazendo sons que eu não entendi. Eu fui seguindo até eles e eles começaram a murmurar em minha direção até que todos eles estavam em volta de mim dizendo coisas que eu simplesmente não compreendia. Eles ficaram muito grandes ou mesmo minha insignificância pelo que eu tinha feito  tinha me deixado menor. O chão se abriu de súbito. Luzes começaram a dançar a minha volta como se quisessem me dizer algo. Minha mente não aguentava mais. Eu tinha de fazer algo. Gritar, o instinto natural, eu mergulhei naquelas luzes, como se elas fossem acalmar minha cabeça. Se tudo fosse passar, antes fosse. Eu senti que caía mas eu não senti o fundo chegar.

Capítulo 6 – Ainda noutro filme.

Senti sendo arrastado, por um longo corredor que passava por luzes piscantes, vozes dizendo coisas erradas. Lembrei de um amor que eu tive mais jovem, do nosso beijo. De nossos planos. Tudo corria tão bem, assim que eu vejo ela indo cada vez mais longe e longe. Acordei numa sela, muito mal-iluminada com um prato de comida fria na minha frente, joguei aquilo longe e comecei a reviver a minha vida...

Capítulo 7 -  A nova máquina. Parte 1

Lembrei-me, ainda a esperança. Devo sair daqui. Mas de qualquer forma é só uma vida. É só uma vida, os tempos passaram, e essa era a minha filosofia. Comecei a por meus planos de fuga em pratica. Aquilo era uma prisão para a mente e não para o corpo, as pessoas enlouqueciam lá dentro, mas não era nada de que eu me importasse. Tudo aquilo era passageiro. O tunel ficou bom o suficiente e eu escapei, quase morto, faminto e com o desejo de tirar tudo aquilo da minha cabeça.

Capítulo 8 – Frio terminal.

A rua estava vazia, os postes piscavam, o frio era intenso, mal conseguia me manter. Mas o objetivo fazia eu seguir em frente. Precisava mesmo de algum lugar, para refletir. Tinha um grupo de pessoas nessa rua que estavam tocando uma música, que estava me seguindo a um tempo. Parei e fiquei olhando para eles, e a música me aquecia, por dentro. Eu ia me distanciando daquele lugar, mas o som nunca me deixou para trás. Ele permanecia comigo sempre. Eu dizia é só uma vida. Não é nada demais...

Capítulo 9 – A nova máquina. Parte 2

É só uma vida, não é nada demais. Eu preciso de um lugar. A guerra saiu de minha cabeça, o amor saiu de minha cabeça.
Eu senti a brisa do mar, mas não abri os olhos para ver. Estava aconchegado em alguma coisa que eu me recusava a saber o que era. Os sons se passavam...



Créditos - Triteza

Acordei, o sol batia na minha cara. Estava numa praia, encoberta de camas. Era só um sonho? As marcas das algemas e a faixa na altura do peito e das asas dizia que não. Vi as luzes de novo, elas me explicaram que era real. Mas é apenas uma vida, um mundo. Indiferente.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Despedidas, Cafés e quilômetros de viagem.

Eis que volto aqui para contar-lhes o dia-a-dia. Devem estar vocês, senhores, desacostumados a verem atualizações minhas, mas esse problema, hei de resolver. Chega de inutilidades linguísticas e voltemos a falar como antes.
O grande problema da vida, sim de toda ela, são despedidas. Você vê que aquilo que estava acostumado a ter todo dia, se esvai de forma tragicômica, na maioria das vezes. Você vê seu amigo indo embora, e está incapacitado de fazer qualquer coisa, e ele também, é além do meu âmbito de poder. O que você pode fazer para compensar: Imortalizar seu tempo em sua companhia. É isso que eu vou tentar fazer.
Agora, a grande invenção do ser humano, a Cafeteira. Sim, mais do que qualquer outro instrumento que facilita nossa vida, a cafeteria é a única que nos proporciona eficácia e prazer ao mesmo tempo. Ganhei minha primeira cafeteria e posso morrer feliz agora.
E para os senhores verem como é levar uma amizade a sério. Tenham certeza que, como andamos a tarde inteira, foram-se quilômetros de risadas, piadas, vinho, cerveja, saudosismo e não poderia faltar: X-Montanha.

Ao Vítor Mateus Rigotti e toda a sua família, os maiores cumprimentos que vocês possam imaginar, e uma homenagem:

Abraços e Boa Sorte!