quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para que serve a vida que todos desejamos?

As pessoas acostumadas desde crianças ao luxo, que vem desde os brinquedos Fischer-Price pra bebês até relógios Rolex ao sair da faculdade.

Mas qual é a razão de todo esse consumismo? Seria aquilo que não sabemos ao certo o significado, mas chamamos de "Status"? Status, pela definição de algum cronista por aí, "é aquilo que você recebe por comprar aquilo que você não quer, para mostrar para os amigos que você não gosta, aquilo que você não é".

Muito disso tudo não tem sentido algum, você ser respeitado por aquilo que você tem em detrimento daquilo que você é. O cúmulo dos absurdos. Você ser popular (outra coisa que odeio, mesmo sendo um pouco) por ter uma blusa GAP ou um óculos Ray-Ban. Poucos aqueles que são conhecidos pelos seus conselhos, por sua amizade ou mesmo por uma cola na prova.

Como a mídia consegue influenciar mentes que deveriam ver o erro por trás de tudo isso. Um erro tão explícito quanto esse. Pagar R$ 500,00 por um tênis adidas que foi feito por uma criança no Vietnam por no máximo 10 doláres. enquanto essa criança ganhou 0,50 centavos, isso se ganhou alguma coisa. Bases do Capitalismo (que eu, particularmente, não acho certo.) sistema defendido pelo EUA durante toda a Guerra Fria e que dá valor mais a uma nota de 1 dólar do que a uma vida humana.

Não que eu concorde inteiramente com o socialismo, mas, acho que ele ainda, se bem instaurado, daria muito certo. Se bem, que "instaurado" já uma palavra que transmite ordem e opressão. O grande problema mesmo não é o sistema econômico e político de um pais ou outro, e sim a grande ganância do ser humano, que, eu arrisco dizer, é uma coisa biológica.

Mas, como meu pai sempre disse, "se o sistema está contra você, junte-se a ele". Vamos todos fazer moda pra criar camisetas, tênis, etc, para a Nike. =/

Só não podemos esquecer, que todo nosso dinheiro fica com nossas famílias quando nós morremos, e o nosso último suspiro de ostentação seria o de comprar um belo caixão estofado num belo cemitério jardim.

Tempos sem postagens

Imagine um mundo em que não houvessem informações rápidas e seguras como há hoje em dia, com a internet, redes sociais e blogs como este aqui.


Nesse mundo as notícias correm de ouvido a ouvido, e como sabem, vem muito distorcidas. Porém, as pessoas estavam acostumadas as essas notícias fantásticas, que geralmente não são tão fantásticas. As pessoas deste mundo criavam histórias, músicas e cantigas contando os acontecimentos desse mundo. 


Até que um certo dia apareceu uma pessoa que veio (diz que veio) de uma cidade muito distante. Ele usou uma pequena prensa com tinta, para prensar um papel com as histórias que ele ouvia. Poderia ser o início do jornal, mas, na verdade, ele queria somente contar suas histórias.



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Paraíso dos Sonhos

Saindo pela rua, ele vira as pessoas mais esquisitas que ele já havia visto. Todas estavam vestidas com roupas brilhantes, de cores berrantes, até mesmo as crianças. E parecia que ninguém estava se importando. Ele percebeu que ele também estava vestido daquela forma, usando um roupão de banho, verde-limão.

Ele começou a perceber outras mudanças naquele dia maluco. O céu não estava azul como sempre estivera, ele estava laranja, não por poluição, já que ele nunca tinha respirado um ar tão puro e perfumado. E também nunca tinha visto as pessoas tão felizes. Diferente dos dias normais, nos quais existia aquela constante depressão no rosto das pessoas, neste havia felicidade e um pouco de neutralidade nelas. Haviam pessoas pulando em parques e gritando belos poemas aos ventos da brisa que vinha do mar.

Ele pensara que era um sonho, mas tudo era tão real. E mesmo que fosse um sonho, ele não queria acordar, porque aquela alegria já tinha contaminado-o. O dia maravilhoso foi seguindo e mais tarde ele teve o primeiro indicio que tudo aquilo era real, ele começou a sentir fome, e não sabia o que fazer. Ele olhara em seus bolsos, procurando por dinheiro, mas nada encontrou.

Ele encontrou um carrinho de cachorro-quente, com um dono muito extravagante, que ao perceber a fome dele, deu um de seus cachorro-quentes maiores, mesmo ele não tendo falado nada. Foi aproveitando o dia mais estranho de sua vida, e ele não queria voltar a sua antiga vida, cheia de problemas fúteis e cobranças de todos os lados.

Os meses foram se passando naquele lugar maravilhoso e ele já estava perdendo as noções de tempo e sua memória. Aquela civilização não tinha governantes nem leis e mesmo assim todos viviam em extrema harmonia. Ele começou a conhecer as pessoas que moravam ali. Saiam as noites pra conversar e jogar. Falavam sobre leis da natureza que ele não conhecia, mesmo ele que era formado em varias areas da ciencia. Foi aí que ele percebeu quem eram algumas das pessoas que ali moravam. Muitas delas, ele nunca tinha visto, mas outras ele reconheceu, eram pessoas famosas que na sua vida já tinham falecido.

A ambulância seguia naquela noite chuvosa a caminho do hospital, os médicos tentavam inutilmente revivê-lo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Suma Romântica. Uma crítica ao amor moderno.

Os dias passam, as pessoas vem e vão. Assim como os sentimentos por estas pessoas. Algumas delas conseguem burlar o tempo e se manter em nossas mentes. 


Certas pessoas fazem com que nós sempre pensemos cada vez mais nelas. E essa obsessão pode se tornar um problema. Essas paixões, que acabam rapidamente, são fortes provações a nossas mentes. Amor é um sentimento que nos destrói e ao mesmo tempo nos cura. E nem sempre é correspondido. Mas, como qualquer coisa, o amor pode ser um problema para uns e não para outros. Embora eu acredite que um amor sem um pouco de sofrimento, não seja um amor de verdade.


As pessoas dependem desse sentimento e se satisfazem com as inúmeras imitações dele, mesmo sabendo que somente um amor verdadeiro é o que importa. Eu não consigo acreditar que as pessoas ainda ousam usar o nome do amor pra designar essa hipocrisia chamada "ficar com alguém". Pessoas que ficam com outras por "status" ou para demonstrar aos amigos.


Quando que veremos um amor de verdade, como aqueles que vemos em histórias românticas? Acho que, quanto a isso, nós ainda tenhamos uma solução, que tenhamos uma chance. Escrevo isso num dia chuvoso, cheios de problemas com o amor.


Tenho escrito muito sobre esse nobre não tão nobre sentimento. Mesmo que isso não me ajude em nada. As vezes vejo crianças mais novas olhando o mundo de forma tão mágica, que acho que nós adultos, precisamos vê-lo assim, sem detalhes, pois são esses detalhes que empalidecem nossas vidas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Chamado

Cheguei, fui ver o violão solitário a minha espera, mas não só ele me esperava, já estava o piscar incessante de um celular a espera de seu dono.
Fui ver o que era, era um pedido, que me fez pensar, e agora divago.

Emboscada

O dia chuvoso seguia pela tarde em minha mente tempestuosa. Para todos aqueles que nunca tiveram a experiência de pegar algo sem pedir, ou qualquer coisa parecida, esse texto não terá valor.

Eu fazia (faço) aquilo toda tarde de sexta. Entro sorrateiramente na sala para pegar alguns dvd's para assistir na minha mãe. Dvd's que eu deveria estar assistindo com meu pai, que ainda está na 4ª temporada, enquanto estou terminando a 8ª.

Fazia tudo como de costume, pegava a caixa com a série completa, e retirava 2 dvd's da sequência. Até que eu ouvi meu pai subindo as escadas, meu coração parou, minha respiração parou. Eu não sabia o que fazer, com certeza ele iria me castigar por pegar o que não era meu sem a autorização.

Desliguei a luz, ouvidos atentos ao mínimo ruído, esperando a hora certa de sair. Ouvi ele descendo as escadas, voltei, porém ele começara a subir de novo. A tensão era constante ele parou do outro lado da porta pra pegar alguma coisa no armário. Eu não ousei sequer me mexer, ele finalmente foi embora e eu pude sair em segurança.

Em busca de Sentido

Chegara em meio de muitas crianças tristes que clamavam pela volta de seus pais. Ele, dentro desse cenário, começou a chorar silenciosamente, o medo infantil de perder seus pais invadindo-o. E assim começou sua vida acadêmica.


Porém, já nos primeiros dias de escola, ele conheceu aqueles que, mais tarde, se tornariam seus melhores amigos, Thiago e Pedro. Ele, entretanto, não deixava de notar numa pequena garota que ficava em sua frente nos cantos do Hino Nacional. Depois de alguns dias pensando, resolveu falar com ela num intervalo, ela se chamava Marina, e depois disso ele nunca mais a viu.


Aí então, começa aquela fase em que os garotos tem medo das meninas, talvez porque elas cresçam antes, e logo, são maiores que eles. No seu terceiro ano naquele colégio, ele conheceu outra garota, que a principio ele odiava, mas percebeu que esse ódio era, na realidade, uma afeição, não vou considerar nada como amor. Eles começaram a conversar, Ludmila era o nome dela, e ela realmente tinha os defeitos que ele apontara antes, sua conclusão era que ela era muito "metida". 


No seu quarto ano, ele ficou sabendo que um de seus melhores amigos era perseguido por uma garota, chamada Poliana, ela corria atrás dele nas aulas de educação física da prof. Helena. A Poliana tinha uma irmã gêmea chamada Nicole, que na opinião dele era mais bonita, mesmo sendo gêmea. Deu certo deles se encontrarem numa festa. Enquanto a Poliana corria atrás do Thiago ele ficou conhecendo a Nicole. E esse foi seu primeiro relacionamento afetivo em sua vida. Ela era tudo que ele procurava, e talvez a recíproca fosse verdadeira. E aquela fase do São Luiz acabou, todos se despediram e continuaram suas vidas separadamente.


Ele foi pra um colégio religioso onde sua adaptação foi mais rápida que no outro. No começo, ele estava realmente preocupado em se mostrar um aluno excepcional. Só que, como em qualquer lugar, existem pontos que desviam a nossa atenção. Nesse caso eram as garotas. Diferentemente do outro colégio, nesse haviam mais garotas bonitas do que feias, em sua opinião. E logo ele se apaixonara por uma delas.


Ela se chamava Bruna. Tinha os olhos mais bonitos que já vira. Ele se declarou, mas ela não se deu ao trabalho de responder. O ano se passou e ele mudou de turno na 6ª série. De manhã, ele novamente se esforçava em suas notas, mesmo que elas estivessem sempre um pouco menores. No meio do ano, uma deusa havia aparecido em sua sala, era a menina mais bonita que tinha visto, incluindo os seus sonhos mais absurdos. 


O nome dela era Daphne e ela vinha de Moçambique. Ele disse a ela que a amava de uma forma um pouco ortodoxa. Emprestou o livro de Português dela e colocou uma carta explicando tudo. Ela veio e agradeceu-o, mas disse que não podia. No outro ano ele voltou para a tarde, e nesse turno ele conheceu uma menina que lavou o seu cérebro, afinal, ela não era das coisas mais bonitas, e mesmo assim fez ele se perder.


A oitava série, deu início a uma era na sua vida romântica. Mais pro fim do ano ele conheceu uma menina da sétima série, que ele não tinha dúvidas em ser realmente o que ele procurava, divertida, simpática e acima de tudo, linda. A Giovana conquistou de vez o coração daquele pobre rapaz. Pediu a um amigo, pra entregar aquele bilhete, que mais tarde foi considerado um dos melhores que ela já havia recebido.


Chegou a hora do adeus. Mais uma troca de colégio. O 1º ano foi o ano mais calmo desde a 2ª série. Nenhum relacionamento, nenhuma afeição além da de amizade.
Porém parece que tudo ocorreu no 2º ano. Ela surgiu como um tornado em sua mente, que, mais uma vez, estava dominada por esse tipo de pensamento. Ele simplesmente não teve a coragem de dizer a ela, mas ele deixou muito claro o que sentia. E com sua aproximação, ela pensou. Mas nada ocorreu. Disse que precisava de tempo pra se preocupar com coisas mais importantes, eu, como narrador, dou toda a razão pra ela.


Chegou a hora do adeus, e do reencontro. Ele voltara ao Sagrado, e a primeira pessoa que apareceu em sua mente depois desse afastamento foi a Giovana que não havia o deixado de verdade. Mas ela não quis nada novamente. Conheceu a Laura, que por sua vez voltara com o Victor. E como isso deixou ele abalado. Mais tarde veio a Mirella, que insistia em fugir. E logo depois veio a Carolina. Que até então está pousada em sua mente. Mesmo que ela saia por alguns intervalos, ela sempre volta.


Acho que olhando nosso passado nós conseguimos nos basear em nossos erros para não cometê-los no futuro. E o futuro começa daqui a um segundo. Esse texto é uma narrativa cansativa sobre minha vida afetiva desde os meus longínquos 6 anos. Espero que alguém possa tirar algum proveito disso.




  

8234

Ontem foi 8233
Amanhã será 8235
Estou velho.

Ontem

Ontem foi estranho
Aqui não estava
O local era outro
As pessoas eram outras
Algumas delas sobreviveram
Ótimo, mas por outro lado
Outras morreram.

Retrato do século XXI

Vamos,  Vamos,  Vamos
Vamos, Vamos, Vamos
Vamos,Vamos,Vamos
Pra onde?
Não é pra rir.

Sol - Ré - Lá - Mi menor

Naquela noite,
Quando tudo acabou
Ela surgiu, quando fui.
No começo, eu nada senti.
Eu olhei, fitei e jamais esquecerei
Liguei, chamei, ela foi embora
E eu me calei.

Inconstância

Surgiu, não controlei
Quando vi, já liguei
Me avisaram, não compreendi
Saímos, ia dar certo, tudo corria bem,
A noite, ele apareceu, o céu caiu.
Saí pela rua.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Maestrina

Por quê? Porque não aproveitei.
Por que não aproveitei?
Ela, apesar de todas as advertências, 
conseguiu me desviar.
Saímos, não deu certo, ela* me avisou,
Não dei ouvidos, acabou.

Gaitas e Harmônicas.

Ela voltou.
Como posso lidar com tal situação?
Que por si só é ambígua.
Me faz rir e chorar.
Ela, com outro, talvez indecisa, talvez segura.
Ela, amo-a, não sei, amava, sei.
O outro, aquele que teve sucesso, não está aproveitando.
Hoje pode ser ótimo, mas também não pode
Ele sai, eu entro.
E o mundo vai e vai.

2010 ou 20/10

De manhã eu a reencontrei, tudo parecia tão lindo, tudo corria tão bem. Mas logo tudo desabou. A verdade, mais uma vez, prevaleceu, e, daquela vez, ela não me favorecia.


Uma depressão assolou-me, perdi-a pela segunda vez. Porém, nessa mesma manhã eu conheci uma outra garota, tão bela quanto a primeira. E instintivamente, eu a amava. Outra vez a vida me enganara e ela voltou com o outro.


De tarde, eu mal sabia como me conter, lembrei-me daquela que tinha conhecido antes, ela me parecia muito promissora, não tinha outros relacionamentos, era linda, ela me levou ao seu encontro quase que magneticamente. Não pude resistir. Tentei de diversas formas, mas ela não quis.


Decidi, amor não era mais um problema pra mim, conheci muitas naquela tarde, muitas que valiam a pena, e todo o sofrimento, mas não corri atrás. Até que ela voltara a minha mente, devido a uma lei básica da vida. Ela porém, complicada e simples como todas, esfriou, e eu a esqueci.


Agora a noite começa e eu não sei o que a vide me espera. Posso continuar a seguir a vida escrevendo, ou vivendo para ter o que escrever, mas de uma coisa eu sei, o amanhã vai ser bem diferente.