sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Em busca de Sentido

Chegara em meio de muitas crianças tristes que clamavam pela volta de seus pais. Ele, dentro desse cenário, começou a chorar silenciosamente, o medo infantil de perder seus pais invadindo-o. E assim começou sua vida acadêmica.


Porém, já nos primeiros dias de escola, ele conheceu aqueles que, mais tarde, se tornariam seus melhores amigos, Thiago e Pedro. Ele, entretanto, não deixava de notar numa pequena garota que ficava em sua frente nos cantos do Hino Nacional. Depois de alguns dias pensando, resolveu falar com ela num intervalo, ela se chamava Marina, e depois disso ele nunca mais a viu.


Aí então, começa aquela fase em que os garotos tem medo das meninas, talvez porque elas cresçam antes, e logo, são maiores que eles. No seu terceiro ano naquele colégio, ele conheceu outra garota, que a principio ele odiava, mas percebeu que esse ódio era, na realidade, uma afeição, não vou considerar nada como amor. Eles começaram a conversar, Ludmila era o nome dela, e ela realmente tinha os defeitos que ele apontara antes, sua conclusão era que ela era muito "metida". 


No seu quarto ano, ele ficou sabendo que um de seus melhores amigos era perseguido por uma garota, chamada Poliana, ela corria atrás dele nas aulas de educação física da prof. Helena. A Poliana tinha uma irmã gêmea chamada Nicole, que na opinião dele era mais bonita, mesmo sendo gêmea. Deu certo deles se encontrarem numa festa. Enquanto a Poliana corria atrás do Thiago ele ficou conhecendo a Nicole. E esse foi seu primeiro relacionamento afetivo em sua vida. Ela era tudo que ele procurava, e talvez a recíproca fosse verdadeira. E aquela fase do São Luiz acabou, todos se despediram e continuaram suas vidas separadamente.


Ele foi pra um colégio religioso onde sua adaptação foi mais rápida que no outro. No começo, ele estava realmente preocupado em se mostrar um aluno excepcional. Só que, como em qualquer lugar, existem pontos que desviam a nossa atenção. Nesse caso eram as garotas. Diferentemente do outro colégio, nesse haviam mais garotas bonitas do que feias, em sua opinião. E logo ele se apaixonara por uma delas.


Ela se chamava Bruna. Tinha os olhos mais bonitos que já vira. Ele se declarou, mas ela não se deu ao trabalho de responder. O ano se passou e ele mudou de turno na 6ª série. De manhã, ele novamente se esforçava em suas notas, mesmo que elas estivessem sempre um pouco menores. No meio do ano, uma deusa havia aparecido em sua sala, era a menina mais bonita que tinha visto, incluindo os seus sonhos mais absurdos. 


O nome dela era Daphne e ela vinha de Moçambique. Ele disse a ela que a amava de uma forma um pouco ortodoxa. Emprestou o livro de Português dela e colocou uma carta explicando tudo. Ela veio e agradeceu-o, mas disse que não podia. No outro ano ele voltou para a tarde, e nesse turno ele conheceu uma menina que lavou o seu cérebro, afinal, ela não era das coisas mais bonitas, e mesmo assim fez ele se perder.


A oitava série, deu início a uma era na sua vida romântica. Mais pro fim do ano ele conheceu uma menina da sétima série, que ele não tinha dúvidas em ser realmente o que ele procurava, divertida, simpática e acima de tudo, linda. A Giovana conquistou de vez o coração daquele pobre rapaz. Pediu a um amigo, pra entregar aquele bilhete, que mais tarde foi considerado um dos melhores que ela já havia recebido.


Chegou a hora do adeus. Mais uma troca de colégio. O 1º ano foi o ano mais calmo desde a 2ª série. Nenhum relacionamento, nenhuma afeição além da de amizade.
Porém parece que tudo ocorreu no 2º ano. Ela surgiu como um tornado em sua mente, que, mais uma vez, estava dominada por esse tipo de pensamento. Ele simplesmente não teve a coragem de dizer a ela, mas ele deixou muito claro o que sentia. E com sua aproximação, ela pensou. Mas nada ocorreu. Disse que precisava de tempo pra se preocupar com coisas mais importantes, eu, como narrador, dou toda a razão pra ela.


Chegou a hora do adeus, e do reencontro. Ele voltara ao Sagrado, e a primeira pessoa que apareceu em sua mente depois desse afastamento foi a Giovana que não havia o deixado de verdade. Mas ela não quis nada novamente. Conheceu a Laura, que por sua vez voltara com o Victor. E como isso deixou ele abalado. Mais tarde veio a Mirella, que insistia em fugir. E logo depois veio a Carolina. Que até então está pousada em sua mente. Mesmo que ela saia por alguns intervalos, ela sempre volta.


Acho que olhando nosso passado nós conseguimos nos basear em nossos erros para não cometê-los no futuro. E o futuro começa daqui a um segundo. Esse texto é uma narrativa cansativa sobre minha vida afetiva desde os meus longínquos 6 anos. Espero que alguém possa tirar algum proveito disso.




  

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