segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Abismo!

Fazia anos que eu não me sentia assim. Eu esperava todas as respostas do mundo, a não ser aquela. Aquela resposta que me jogou num abismo há dois anos. A impressão que me deu foi que a pessoa que me tirara de tal abismo, assim que eu subi na bordinha, foi lá e me derrubou de volta. Agora eu caio nesse abismo sem fim, esperando um pouco de compaixão e um segundo resgate. Ou esperar que outra pessoa me salve. Acabo pensando que a minha vida vai ser cair nesse abismo, nesse precipício. Que ninguém conseguirá tirar-me dessa situação. Eu troquei uma pela outra. A outra que foi muito melhor que a primeira. Fazia muito tempo que eu não chorava. Meus amigos me dizem pra eu não ficar assim, ela mesma mem disse pra não ficar assim. Agora estou escrevendo, jogando Whell of Fortune (Roda a Roda) no N64 e esperando essa situação mudar de repente.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A loja vai ficar muito triste sem você

(desculpem pelo texto melódico)


A loja vai ficar muito triste sem você. Eu vou olhar para a papelaria sem o ânimo que antes eu tinha. Eu vou ficar convivendo com pessoas sem afinidade sem ter um porto-seguro. Eu não vou ter mais como fingir minha inconsolação e minha tristeza. Antes, você era em quem eu me aguentava, e de repente, enquanto estava tudo melhorando e excedendo todas as minhas absurdas expectativas, você me solta, me faz cair num desespero e numa falta de esperança que eu nunca havia desfrutado nem sentido. Eu tenho uma sorte imensa para encontrar pessoas legais em lugares que eu não esperava. Mas tenho igual sorte para perdê-las nos melhores e mais oportunos momentos. Você pergunta por que que eu gosto de você. Não há resposta mais simples; Eu gosto tanto assim de você pelo simples fato de você ter me tirado de um poço, no qual eu estava perdido há pelo menos dois anos. Ninguém conseguiu me tirar de lá. Era muito fundo, a situação era desesperadora. Uma pequeníssima poça d’água que se revelou num gigantesco oceano turbulento e eu num náufrago perdido nessa imensidão sem esperanças de resgate. Mas então você surgiu e me salvou. Me mostrou que haviam pessoas melhores. Pessoas que me queriam bem. Você era real. Estava ali a apenas alguns metros de mim. Nós fomos nos dando bem. E, como era de se esperar – pelo menos a mim – o sentimento que eu tinha cresceu, de forma saudável. E fazia muito tempo que eu não sentia isso. Eu não tinha palavras. Você deixou de ser meu porto-seguro apenas, você era toda a razão de eu continuar ali. Nossos dias de folga eram martírios de 24 horas para mim. Mas tudo melhorava assim que eu olhava pra você ali do outro lado, e percebia um olhar carinhoso de volta. Acredito que não tenha razão melhor para dizer que eu estava amando você. Mas não você apenas. Eu amava as situações em que nos encontrávamos, amava as nossas conversas, amava o fato de você ir almoçar comigo e também não se importar com o que as pessoas diziam sobre isso. Eu amava o fato de confiarmos um ao outro, de respeitarmos um ao outro. Eu não me importaria de ter que explicar uma possível relação nossa a quem quer que fosse. Eu só me importaria se eu perdesse você, se você se transformasse naquele mesmo oceano em que antes eu me perdera. E tudo tende a isso, que a gente perca o contato, que tudo isso nessas ínfimas três semanas se perca. Eu estou acostumado a isso, mas você era promissora demais, e eu talvez não devesse ter planejado tanto, em tão pouco tempo. Eu te amo, e que isso que eu estou prevendo não ocorra.