sábado, 21 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011 (atrasada)


O ano começa comigo procurando um emprego, tentando me acostumar a nova rotina de viver longe de toda a “civilização” de Curitiba e longe todos os meus amigos. Levando um não depois do outro em cada emprego que eu tentava. Foi o ano de descobrir que eu passara na UFPR. Meu aniversário foi um tormento e por fim, o meu melhor nesses, até então 17 anos. Meus amigos vieram para cá e nós ficamos jogando e vendo filmes toda a noite até que eu levei-os de volta a cidade e voltei a minha vidinha monótona e contínua. Eu saía de vez em quando e conheci uma garota que talvez mudaria minha vida, mas não, ela só me fez mostrar o quanto eu realmente amava a garota dos meus sonhos, da minha vida e, como eu queria, do meu futuro. Teve o aniversário da Carolina, essa “minha” garota, e foi muito legal pra mim, mas não pro nosso relacionamento fictício. Logo depois eu comprei o Set do The Beatles: RockBand e ainda estou aqui com ele. Mas foi finalmente por esses tempos que eu comecei de fato a trabalhar. E não foi num emprego qualquer, eu entrei no setor de Rede da TIM Celular com a ajuda do pai do meu grande amigo Vítor Rigotti. E por lá fiquei por três meses até que entrei na AC/DC Engenharia e com isso veio minha primeira viajem inesperada, pra Florianópolis. Fiquei na empresa por um mês e logo saí para uma outra empresa, a Simprotel Telecomunicações, e assim veio minha segunda viajem inesperada, desta vez de avião, para São Paulo, SP para ficar lá uma semana e fazer um curso na Ericsson. O que me trouxe algo no curriculum, mas muita dor de cabeça e assim, saí de lá, e fiquei sem trabalhar. Trabalhei por um mês com meu pai e decidi parar de vez. Desde então tenho ficado em casa e jogado algumas coisas. No meio do ano o Rigotti saiu de Curitiba e foi pra Maringá. O Thiago fez um curso de AutoCAD e começou a trabalhar. Foi um bom ano nesses aspectos, mas nada foi tão estranho, legal e bizarro quanto a faculdade que eu comecei em setembro. O curso de Física que trouxe amizades e uma paixonite estranha. Mas devo comentar dos dias que passei com a Carolina. Antes do aniversário dela, teve o café-da-manhã do ex-alunos no Sagrado, onde estudávamos no ano passado. Nós conversamos durante toda a manhã e chegou a hora de nos despedir, e fui levá-la ao ponto de ônibus e ficamos conversando por um tempo e eu não parava de pensar no quanto eu precisava dela comigo. Saímos num outro dia eu fui à faculdade dela para assistir uma aula. Eu levei um cartão dizendo que gostava dela. Reafirmando a ela que eu a amava. Foi aí que ela me disse, que isso seria impossível e que para ela um relacionamento desses era impraticável. Eu ainda não entendo porque eu a amo desse jeito. Por fim nos encontramos uma última vez agora em dezembro para assistir ao último espetáculo da Orquestra Sinfônica, mas como todos os outros encontros, foi um fracasso por minha parte. E por sorte que eu paro de falar sobre ela aqui. O Thigo também foi nesse ano, e que bom, um assunto recorrente na minha cabeça. E com a faculdade dele nos veio novos amigos, o Vítor, o Cassiano, o André e mais um tanto de gente. Foi, de fato, um ano excelente em questão de novas amizades e reafirmação das antigas. Eu, pode ser até por querer, deixei de falar com muitas pessoas. Porém minhas grandes e verdadeiras amizades, o Thiago e o Vítor Rigotti, se enraizaram de maneira que, acredito e espero que não acabem jamais. É claro que um ano não é feito só de coisas boas para mim, como essa retrospectiva tem-se mostrado. Um ano, e com certeza até a vida tem mais baixos do que altos, digo-lhes isso apenas pelo fato de que a tendência das coisas é sempre se agravar ou piorar. Acredito que uma das coisas mais graves que cometi esse ano foi um relacionamento que eu deixei passar, por puro egoísmo e mesquinharia. Mas não se apressem, deixe-me contar-lhes. No vestibular da UFPR, na qual hoje estudo, eu conheci uma bela jovem que se chama Fernanda, trocamos nossos endereços eletrônicos (famosos msn’s) e nunca mais nos vimos. Depois de uns bons cinco ou seis meses eu comecei a conversar com ela e aí surgiu um pequeno traço, uma fagulha de uma paixão. Conversávamos o dia todo e eu me sentia mal quando ela não aparecia. Ela era um alívio, uma mão que me aguentava enquanto eu trabalhava e deixava este bem menos cansativo e desnecessário. Eu me convenci que ela tinha tomado a minha mente e tinha conseguido livrar as memórias do meu sentimento (mesmo que adormecido) da Carolina. E ela tinha uma ótima notícia para mim. Ela vinha pra Curitiba (ela é de Foz do Iguaçu) para passar uma semana aqui. Eu fiquei anciosíssimo com essa novidade e nós fizemos planos para aproveitar todo o tempo que ela dispunha aqui na Capital. Foi a partir deste momento que eu senti, porém posso estar enganado, de que ela também gostava de mim, e fazia tempo que eu não sentia isso no meu peito. Alguns problemas diversos aconteceram e ela adiou a viagem até que ela finalmente a cancelou. Ela ficou, pelo que me pareceu depois de algumas relidas nas nossas conversas, meio chateada com essa situação, mas eu não… eu levei aquilo como uma desistência, e, como um idiota, parei de falar com ela. Ela não quis vir atrás de mim e eu raramente falo com ela. Hoje percebo quão ridículo, quão egoísta e idiota eu fui e que não era uma viagem ou outra que me faria desistir dela, assim como aconteceu. A única viagem que eu acabei por fazer foi pra Maringá para ver meu amigo Rigottoni. E foi uma das, se não a melhor, viagem que eu já havia, quiça irei fazer. Foi no feriado da proclamação da República. Chagando lá fui recebido com um abraço apertado do Vítor, um beijo carinhoso da Tia Vera e um pão com queijo e mortadela. Foi um dos melhores momentos que eu passei. Toda a família dele foi muito, muito hospitaleira e queriam sempre o meu conforto e prazer de estar lá. Conheci a cidade e o Matsunaga Man (vulgo Lucas), amigo do Vítor de lá. Por fim, os meus dias acabaram e eu tive de voltar solitário e desolado num ônibus rosa em direção ao primeiro planalto paranaense. Foi uma sensação que eu não consigo descrever em palavras, eu nunca me senti tão triste e tão frustrado pelo fato de que eu sabia que, chegando em casa, ela estaria fria, sem o calor humano que eu havia sentido, e me contagiado, na casa dos Rigotti. Eu queria parar em cada retorno que eu encontrei na estrada e voltar, nem que fosse a pé, para Maringá. E eu não estava enganado sobre a minha chegada em Curitiba. Eu senti o desgosto da minha presença no ar. Mas deixemos de falar de coisas ruins. Uma das coisas que mais me deixaram pra cima nesse ano que foi tão “depreciativo” foi eu ter conhecido a Caroline, uma colega minha que voltava comigo da faculdade. Mas sobre ela eu ainda não tenho opinião formada. O ano foi mais ou menos assim, com altos e baixos constantes e com uma promessa de 2012 melhor.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Meu melhor amigo

Ultimamente só o meu videogame tem me entendido, só ele tem me apoiado e ficando do meu lado quase que incondicionalmente. Eu tinha me acostumado a essa idéia de tê-lo a qualquer momento, de poder usufruir de sua paciência em me entreter e, em alguns momentos, até me ouvir.
Mas veio o baque. Como todos nós, ele também tem seus problemas, mas eu fui egoísta e não quis ajudá-lo, não quis ouví-lo quando ele sempre o fazia. Num ponto crrítico ele sucumbiu. Aguentou até o último momento para se recuperar e continuar a me ajudar. Não foi o suficiente. Ele não suportou a dor máxima que o fatigava sem perdão. E eu, desesperado, clamei por ajuda, gritei para ele voltar. Não houve resposta. Apenas uma carta de despedida que dizia: "Erro E-64."
Aquilo me atingiu de tal forma que eu me senti culpado, sujo... Mostrou-me quão ruim eu era, quão hipócrita eu fui com ele. Imaginei como eu me sentiria se aquilo acontecesse com um de meus amigos, mas até aí eu fui mesquinho, fui nojento. Pois o melhor deles estava logo ali na minha frente. E eu já não podia fazer mais nada.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Budista, Alcoólatra e de Direita.

Certa vez, um amigo meu me chamou de Kerouac. E disse que mais velho eu o chamaria de "Ateu comunista". E foi com esse pequeno discurso que eu me inspirei pra fazer panquecas de massa de queijo e começar esse texto.

Acordei assustado, aquelas palavras há muito tempo ditas, eu olhei no despertador mas ainda faltava um tempo pra ele tocar. Senti na cama e fiquei pensando, mas meu pensamento é muitíssimo disperso, e me deparei pensando no trabalho quando o despertador tocou aquele sample rotineiro. Eu passei a mão no rosto e levantei. Fui ao banheiro lavar o rosto e o espelho mostrava-me de forma muito diferente ao que me lembrava. Eu olhei intrigado para o meu reflexo, ele me olhou de volta com aquele rosto velho, barba a fazer e parecia que me dizia  que eu nunca tinha mudado, que eu era daquela forma quase que grotesca.

Desisti de discutir comigo mesmo e fui à cozinha para beber algo. A cafeteira soltava vapor e um aroma de café que foi me acordando aos poucos. Tomei um gole, seco, sem açucar nem nada. O baque foi instantâneo e me fez tentar mudar aquela situação. Fiz a barba e saí para cortar o cabelo. Liguei para o trabalho no caminho, dizendo que eu não poderia ir naquele dia. Olhei para frente e não havia mais tempo. Eu nunca mais voltaria pro trabalho, ou mesmo cortaria o cabelo. Eu, naquele momento, era apenas um budista, alcoólata e de direita.

Nenhum amor será igual ao seu

Você,
Que me deixou assim.
Perdido nesse triste fim

Talvez,
Se você me deixar, mostrar,
Que nem tudo foi como a gente quis.

E que o mundo,
Me perdoaria por tentar, desmanchar,
O que de mais bonito, eu tive pra te amar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Realidade

Nos conhecíamos havia muito tempo
O Amor que eu hoje vivencio
Surgiu de súbito em meu pensamento

E por muito tempo esse amor,
Meu invento, minha dor,
Foi me maltratando, me desgastando,
Me reinventando, me mudando.
Por fim.

Se transformou em realidade
Um sonho que se cumprira
Que deixou-me em tal perplexidade
Que eu até achei que fosse uma mentira

Mas não. Você era finalmente...
Minha.