quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010



A minha retrospectiva começa com o dia 16 de janeiro de 2010, que foi quando eu soube que voltaria pro Sagrado. Depois disso teve o meu aniversário insosso que não teve nada de interessante além da minha ida na Cafeteria e ter tomado o melhor chocolate quente que existe *O*. Já em fevereiro as aulas começaram e eu era freqüentemente avisado da minha morte prematura já que havia roubado o lugar do Bellio, felizmente isso não aconteceu. 
Foi em 2010 que eu conheci meus atuais verdadeiros amigos, entre eles o Thigo, Rigotti, Filipe e mais um tanto de gente. As aulas se seguiram até que outro evento marcou esse ano que passa, a festa de aniversário do Matheus, onde realmente conheci muita gente, e quase que tenho que dormir no terminal. Logo depois teve a festa do Vini e foi legal porque eu, a Carolina, a Laura e mais uma porrada de gente ficamos jogando The Beatles Rockband a tarde toda, e desde então eu quero comprá-lo, e só agora que eu consegui.
As aulas continuaram e eu já tinha o dobro de amigos no orkut (como se isso fosse parâmetro) e conversava com quase todos eles. Eu estava me tornando na coisa que eu mais odiava, eu estava virando popular mas ao mesmo tempo uma coisa que eu queria ser: revolucionário comunista. Principalmente depois que o Maluco veio no meio do ano que nos incentivou a sermos assim. Houve a Revolução-Que-Não-Deu-Certo, onde nós tentamos em vão destruir o Old Bailey, digo, o Grêmio Estudantil.   
Teve também a festa da Gi, que foi super divertida e tinha cama-elástica, e nós jogamos Galaxy 2 no Vini. Mas depois as festas acabaram, e começou o pseudo-semi-extensivo. E a temporada de fazer filmes com o Maluco. Que esse ano foi divertido foi, e não acho que nenhum outro tenha superado esse, mas agora é hora de se despedir do ensino médio e conhecer pessoas novas, festas novas no 2011 que é ano de faculdade, 1º emprego e The Beatles Rockband.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Direção do Ônibus Lotado

O dia foi seguindo e com relutância ele foi indo para o seu fim. Estava realmente triste. O mendigo tirava as latinhas usadas das lixeiras com a esperança de trazer comida à mesa de sua casa. A mulher saía do trabalho no dia chuvoso em direção do ônibus lotado que a esperava, enquanto os passaros deixavam de cantar e o mundo ficava cada vez mais cinza, e mais triste, e sempre.  As lixeiras foram ficando abarrotadas de sonhos, que foram esquecidos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Fim de ano ou somente um novo dia?

Vai chegar dia 31 e as pessoas vão comemorar mais um ano que se foi e a chegada de mais um ano em suas vidas, mas o que aconteceria se o ano tivesse 10 e não 12 meses? O que aconteceria com o famoso 31/12? Ou pior, o que aconteceria se não houvessem anos, comemorariamos do mesmo jeito. Não.

Essa é a minha mensagem de fim de ano

Felizes Festas, e comprem muitos presentes, capitalistas imundos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mudança de Fato

Qual é a pior sensação do mundo? Seria o fracasso, a solidão, o amor não correspondido, o saudosismo?

Depois de hoje eu mudei a minha resposta a estas perguntas. Antes, o amor incopreendido era fatal para mim. Porém, neste fatídico 02/12/2010 eu conheci a pior sensação de toda a minha vida: o saudosismo.

Para explicar o porquê dessa saudade eu vou explicar um pedaço da minha vida, sem muitos detalhes

Começamos em 1996. Eu, com apenas dois anos de idade, me mudei para esta casa, e toda a memória da minha infância que sobreviveu ao tempo, se passou aqui também. Meus irmãos, minha mãe e meu pai, todos viviam, ao menos aos meus olhos, em harmonia. Então chegou outro fatídico dezembro. A separação dos meus pais em 2001 e toda aquela nova vida. Eu nunca tinha vivenciado tal sentimento de tristeza e solidão, e principalmente, saudades da minha mãe que havia partido.

Mas aos poucos eu me acostumei àquela nova vida que eu teria, e no 2º casamento do meu pai a minha vida voltara ao "normal".

Hoje, as vésperas do meu vestibular na UFPR, exatamente 9 anos depois da primeira despedida, haverá um verdadeiro reencontro. Preparando as malas eu estava no início de uma grande mudança, não só da minha casa, mas de toda a minha vida. Eu vou sair da única casa que eu tenho memória.

No meio de toda essa preparação, eu fui me lembrando de toda a minha infância na Westphalen, 1230. Desde os meus longuínquos anos de brincadeiras com meus irmãos mais velhos, até eu brincando com minha irmã mais nova.

Toda minha vida, desde os 2 anos até quase os 17 anos, passando pelos meus olhos enquanto eu arrumava minhas malas. E toda aquela sensação ruim de se mudar, mas deixar pessoas que eu amo pra trás. É horrível ter que escolher, mas acho que fiz a escolha certa.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O vai e vem da moda.

Vejamos.


Mudança [2]

Chega uma certa hora no ano de vestibular, que você pensa. Tudo que eu quero é sair desse maldito colégio (cursinho) e ir pra faculdade de uma vez, porque a faculdade vai ser muito foda e você vai fazer o que você quiser.

Eu mesmo pensava assim, mas hoje eu penso de uma forma um pouco mais "um pé atrás", depois que eu passei no meu primeiro Processo Seletivo, paguei e fiz minha matrícula eu fiquei meio assustado com o ambiente "Universidade". E você pensa, "poxa, será que eu vou gostar do meu curso, será que o pessoal que vai cursar comigo vai ser tão legal quanto o do meu colégio," essas coisas.

Eu não sei se isso acontece com todo mundo, mas, pelo menos no meu caso, eu fiquei muito mais preocupado com o curso que eu vou fazer ano que vem, do que com as provas de vestibular que eu fiz até então.

Será que a mudança vai ser tão brusca, que a faculdade é tão diferente assim do ensino médio? É esperar pra ver.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dias Chovosos

Dia Chuvosos
Confusos
               Banais
Tudo menos,
                     legais.

Eu me perco nesses dias
Por entre as tiranias
Em que estamos (participamos)
                         sempre,
como simples seres humanos

Nada nos escapa nessa vida
Na rotina diaria dos dias corridos
Nada escapa da revista lida
Que foi escrita,
                        que foi revista.

Revista,
            que previu
O dia chuvoso que viria
E despertaria
                    A inspiração de toda essa
                                                            Pira.

sábado, 27 de novembro de 2010

Alface

Face Palm
Palm Face
Palmface
P - al - m - face
Al - face
Alface

Cinema é cultura
McDonald's é gordura
Gaste bem o seu dinheiro
Pois ele não dá em pinheiro.





quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Depois desse amor cansado
Quero deixar
A dor de lado
E voltar a amar
Como amava no passado.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Incompatibilidades

Muitos relacionamentos por aí acabam por um problema chamado incompatibilidade.

Pessoas que são movidas pela simples paixão, proveniente de um olhar, de uma cantada, de vários fatores totalmente superficiais e não pela pessoa em si. Existe uma grande chance dessas duas pessoas serem tão diferentes que a convivência seja impossível. Existem casos em que a sorte é tão grande que podem se transformar em grandes namoros, casamentos e uma vida feliz para ambos. Mesmo que isso seja muito improvável.

Legal mesmo é quando você mal conhece a pessoa, mas começam a conversar e percebe-se uma série de gostos e atitudes em comum, pra mim, esse é o melhor jeito de se apaixonar por alguém, aos poucos. Sorte daqueles que conseguem achar uma pessoa certa, uma pessoa que te entende, e uma pessoa que realmente te ama, do seu jeito.

Só não podemos desistir da nossa vida afetiva, pois com certeza alguém, mais próximo do que você possa pensar, pode ser a pessoa certa. Problemas com o amor, frustrações com certeza fazem parte, pra te avaliar. Porque, afinal, o amor, o amor é foda.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Naquele dia...

... tudo foi perfeito, tudo que era pra acontecer, tudo que eu esperava, aconteceu.

Mesmo aquilo que era muito improvável, mas que não deixava de ser bom, aconteceu. Eu fiquei abobado, talvez com minha sorte, com a reviravolta que a vida tinha me proposto, e que eu abracei firmemente, realmente acreditando somente no lado bom de tudo aquilo.

Talvez tudo aquilo que eu ardentemente desejo, tudo aquilo que, hoje, é o mais importante pra mim, não venha tão facilmente quanto veio se mostrando, mas não pode deixar de acreditar que tudo é possivel com determinação e com a cabeça no lugar, ou, até mesmo acreditar na sorte que se mostrou presente antes, e que viria a calhar novamente agora.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amizade

Um amor que veio da amizade
Um amor que surgiu de repente
Um amor que independe da idade
Uma garota que não sai da minha mente
Um amor, um amor de verdade.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mudança

Quanto uma amizade pode se transformar em amor. Uma simples amizade, com um pouco de conversa, e eu percebi nossas semelhanças, cheguei a pensar que isso não era real, pois ali estava, quem eu mais amei, quem mais tem a ver comigo. Aquilo foi se alastrando em minha mente, ela não saía mais da minha mente. Eu queria ela só pra mim, não queria mais nada, nada mais importava. Queria ela ao meu lado, queria ela só pra mim.
E por incrível que pareça, até parece que a vida me deu uma chance. Eu disse que adorava ela, ela me respondeu que me amava. Fazia muito tempo que eu não sentia aquilo, um calafrio na barriga, uma sensação de tirar um peso das costas, um alívio. Mal conseguia dormir, ela não saía de minha cabeça, tudo por que eu a veria no dia seguinte. A manhã passou rapidamente, face a meu intenso anseio. E ela veio, graciosa, o coração acelerado. Mal pude acreditar, ela de volta a minha vista. Fui falar com ela, subimos as escadas em direção a aula conversando. Não queria ter que me separar dela. Veio o intervalo e eu fiquei só a olhar, tentando entender o que eu sentia. Quase sucumbi por ter que esperá-la de volta. Na saída, ela veio e fui rapidamente ao seu encontro, querendo o amor dela, sabendo o amor que ela sentia por mim. A noite, eu não aguentei, tive de dizer, perguntei. Ela disse que precisava de um tempo. Eu me senti mal, por um momento, mas sabia que ela me amava, o que me consolou. Esperarei, e veremos o que vai acontecer.

P.S.: Ficção (Esse é meu ponto de vista, qual é o seu?)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Essa cidade que me inspira

Eu olho as pequenas flores amarelas que caem por toda avenida e só um pensamento me vem a cabeça, mais um ano esta chegando ao fim. E só assim parece que nós percebemos o quão rápido esse tempo passa, e o quanto a gente viveu.

Se esse ano foi bom, se as coisas que você fez foram legais, se você realmente aproveitou-o. O quanto as coisas mudaram, na sua rua, no seu colégio, nos seus amigos, na sua vida. Se você conheceu pessoas que realmente valem a pena. nesse aspecto meu ano foi excelente, porque além de reencontrar pessoas muito queridas, eu conheci pessoas tão, ou até mais especiais para mim.

Percebemos as coisas mais simples da vida, vemos que a nossa vida é uma rotina incansável pra que não possamos pensar, no que fizemos, no que deixamos de fazer. E talvez melhor que pensar nos que deveríamos ter feito, pensar se o que fizemos foi bom, o que deveria ser feito.

Vemos que nossa vida continua mesmo que não queremos. Vemos que os momentos difíceis passam, e que devemos ter a cabeça no lugar pra saber disso e não enlouquecermos antes disso. Percebemos que o amor pode estar numa pessoa que você nunca tinha visto, e do nada aquilo aumentou muito, por uma pessoa a qual você não sabe o que fazer se a perder. De tudo para saber se é recíproco ou não.

Passando nessa avenida, com o perfume das flores em seus pensamentos, você percebe que a vida é o agora. E que o agora deve valer a pena.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

UFPR

Preciso de uma pomada
Para curar essa ferida
Para tirar a dor
Que destrói esse coração
Óh! Amor
Por que essa vida a escolhida,
que entrou nos domínios da paixão
Precisa viver destruída
Tenha dó ou compaixão.

domingo, 14 de novembro de 2010

Aquela Tarde

Naquela tarde, nós três, meros jovens mortais, exauridos de suas tarefas, decidimos quebrar o sistema. Um protesto silencioso e imperceptível, mesmo entre seus componentes.

Nessa quebra, que é bem melhor que o sistema, nós três fomos a uma das praças que a nossa prefeitura nos oferece, essa em especial, uma homenagem a um sanitarista.

Lá, nós conversamos, rimos, ouvimos música e exercitamo-nos ao vento. Ela me fez lembrar daquele tempo tão distante, tão bom.

Agora, era minha chance e eu novamente desperdicei, sem chance, muito tarde agora. Eles voltaram. Agora eu tenho outros problemas.

Um deles agora, está nela, que a pouco conheci, mas está se alastrou em meus pensamentos feito fogo. Deve resolver isso... Mas isso é outra história.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Anfetamina

Forte como Heroína
Viciante como cocaína
Me deixa trincado tal qual anfetamina
Sua beleza me fascina
Deixe-me tomar uma dose sua, Carolina

(Franco Ferreira e Vítor Rigotti)


P.S.: Pedimos desculpas pelas comparações que não condizem a realidade, afinal de contas a Carolina está mais pra um torrão de açúcar à qualquer droga.

Poemas Simplesmente

Paixão
Isso no meu peito, a dor
Consome o meu coração em seu nome
Maldito seja o amor
Sejamos todos vítimas da paixão.

Revolta
Olho em volta
A procura da resposta
que todos procuramos
e quando nada achamos
Ouvimos a proposta
De uma revolta
Na qual nós nos oponhamos
A essa infeliz vida que levamos.

Poemas Diários

Ela está tão distante
Tão longe de mim
Como eu queria que ela viesse
Independente de mim

Minha querida maestrina
Não consigo te esqueçer
Eu queria te dizer,
eu te amo, Carolina

P.S.: Quem sabe eu faça mais. 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Poemas Aleatórios

"O sono vem mansinho 
Como quem não quer nada 
E sem eu perceber 
Me joga na almofada" (Tulio)


O que estava de pé agora está caído
Eu nunca deveria ter te esquecido
Afinal, de uma coisa o mundo precisa 
É de você como amiga


Queria tê-la em meus braços
Queria-a assim
Para acabar com esse cansaço
Queria-a só pra mim

Eu queria tanto amá-la
Mesmo que ela seja irreal
O que eu devo fazer
É sair pra comprar sal

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para que serve a vida que todos desejamos?

As pessoas acostumadas desde crianças ao luxo, que vem desde os brinquedos Fischer-Price pra bebês até relógios Rolex ao sair da faculdade.

Mas qual é a razão de todo esse consumismo? Seria aquilo que não sabemos ao certo o significado, mas chamamos de "Status"? Status, pela definição de algum cronista por aí, "é aquilo que você recebe por comprar aquilo que você não quer, para mostrar para os amigos que você não gosta, aquilo que você não é".

Muito disso tudo não tem sentido algum, você ser respeitado por aquilo que você tem em detrimento daquilo que você é. O cúmulo dos absurdos. Você ser popular (outra coisa que odeio, mesmo sendo um pouco) por ter uma blusa GAP ou um óculos Ray-Ban. Poucos aqueles que são conhecidos pelos seus conselhos, por sua amizade ou mesmo por uma cola na prova.

Como a mídia consegue influenciar mentes que deveriam ver o erro por trás de tudo isso. Um erro tão explícito quanto esse. Pagar R$ 500,00 por um tênis adidas que foi feito por uma criança no Vietnam por no máximo 10 doláres. enquanto essa criança ganhou 0,50 centavos, isso se ganhou alguma coisa. Bases do Capitalismo (que eu, particularmente, não acho certo.) sistema defendido pelo EUA durante toda a Guerra Fria e que dá valor mais a uma nota de 1 dólar do que a uma vida humana.

Não que eu concorde inteiramente com o socialismo, mas, acho que ele ainda, se bem instaurado, daria muito certo. Se bem, que "instaurado" já uma palavra que transmite ordem e opressão. O grande problema mesmo não é o sistema econômico e político de um pais ou outro, e sim a grande ganância do ser humano, que, eu arrisco dizer, é uma coisa biológica.

Mas, como meu pai sempre disse, "se o sistema está contra você, junte-se a ele". Vamos todos fazer moda pra criar camisetas, tênis, etc, para a Nike. =/

Só não podemos esquecer, que todo nosso dinheiro fica com nossas famílias quando nós morremos, e o nosso último suspiro de ostentação seria o de comprar um belo caixão estofado num belo cemitério jardim.

Tempos sem postagens

Imagine um mundo em que não houvessem informações rápidas e seguras como há hoje em dia, com a internet, redes sociais e blogs como este aqui.


Nesse mundo as notícias correm de ouvido a ouvido, e como sabem, vem muito distorcidas. Porém, as pessoas estavam acostumadas as essas notícias fantásticas, que geralmente não são tão fantásticas. As pessoas deste mundo criavam histórias, músicas e cantigas contando os acontecimentos desse mundo. 


Até que um certo dia apareceu uma pessoa que veio (diz que veio) de uma cidade muito distante. Ele usou uma pequena prensa com tinta, para prensar um papel com as histórias que ele ouvia. Poderia ser o início do jornal, mas, na verdade, ele queria somente contar suas histórias.



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Paraíso dos Sonhos

Saindo pela rua, ele vira as pessoas mais esquisitas que ele já havia visto. Todas estavam vestidas com roupas brilhantes, de cores berrantes, até mesmo as crianças. E parecia que ninguém estava se importando. Ele percebeu que ele também estava vestido daquela forma, usando um roupão de banho, verde-limão.

Ele começou a perceber outras mudanças naquele dia maluco. O céu não estava azul como sempre estivera, ele estava laranja, não por poluição, já que ele nunca tinha respirado um ar tão puro e perfumado. E também nunca tinha visto as pessoas tão felizes. Diferente dos dias normais, nos quais existia aquela constante depressão no rosto das pessoas, neste havia felicidade e um pouco de neutralidade nelas. Haviam pessoas pulando em parques e gritando belos poemas aos ventos da brisa que vinha do mar.

Ele pensara que era um sonho, mas tudo era tão real. E mesmo que fosse um sonho, ele não queria acordar, porque aquela alegria já tinha contaminado-o. O dia maravilhoso foi seguindo e mais tarde ele teve o primeiro indicio que tudo aquilo era real, ele começou a sentir fome, e não sabia o que fazer. Ele olhara em seus bolsos, procurando por dinheiro, mas nada encontrou.

Ele encontrou um carrinho de cachorro-quente, com um dono muito extravagante, que ao perceber a fome dele, deu um de seus cachorro-quentes maiores, mesmo ele não tendo falado nada. Foi aproveitando o dia mais estranho de sua vida, e ele não queria voltar a sua antiga vida, cheia de problemas fúteis e cobranças de todos os lados.

Os meses foram se passando naquele lugar maravilhoso e ele já estava perdendo as noções de tempo e sua memória. Aquela civilização não tinha governantes nem leis e mesmo assim todos viviam em extrema harmonia. Ele começou a conhecer as pessoas que moravam ali. Saiam as noites pra conversar e jogar. Falavam sobre leis da natureza que ele não conhecia, mesmo ele que era formado em varias areas da ciencia. Foi aí que ele percebeu quem eram algumas das pessoas que ali moravam. Muitas delas, ele nunca tinha visto, mas outras ele reconheceu, eram pessoas famosas que na sua vida já tinham falecido.

A ambulância seguia naquela noite chuvosa a caminho do hospital, os médicos tentavam inutilmente revivê-lo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Suma Romântica. Uma crítica ao amor moderno.

Os dias passam, as pessoas vem e vão. Assim como os sentimentos por estas pessoas. Algumas delas conseguem burlar o tempo e se manter em nossas mentes. 


Certas pessoas fazem com que nós sempre pensemos cada vez mais nelas. E essa obsessão pode se tornar um problema. Essas paixões, que acabam rapidamente, são fortes provações a nossas mentes. Amor é um sentimento que nos destrói e ao mesmo tempo nos cura. E nem sempre é correspondido. Mas, como qualquer coisa, o amor pode ser um problema para uns e não para outros. Embora eu acredite que um amor sem um pouco de sofrimento, não seja um amor de verdade.


As pessoas dependem desse sentimento e se satisfazem com as inúmeras imitações dele, mesmo sabendo que somente um amor verdadeiro é o que importa. Eu não consigo acreditar que as pessoas ainda ousam usar o nome do amor pra designar essa hipocrisia chamada "ficar com alguém". Pessoas que ficam com outras por "status" ou para demonstrar aos amigos.


Quando que veremos um amor de verdade, como aqueles que vemos em histórias românticas? Acho que, quanto a isso, nós ainda tenhamos uma solução, que tenhamos uma chance. Escrevo isso num dia chuvoso, cheios de problemas com o amor.


Tenho escrito muito sobre esse nobre não tão nobre sentimento. Mesmo que isso não me ajude em nada. As vezes vejo crianças mais novas olhando o mundo de forma tão mágica, que acho que nós adultos, precisamos vê-lo assim, sem detalhes, pois são esses detalhes que empalidecem nossas vidas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Chamado

Cheguei, fui ver o violão solitário a minha espera, mas não só ele me esperava, já estava o piscar incessante de um celular a espera de seu dono.
Fui ver o que era, era um pedido, que me fez pensar, e agora divago.

Emboscada

O dia chuvoso seguia pela tarde em minha mente tempestuosa. Para todos aqueles que nunca tiveram a experiência de pegar algo sem pedir, ou qualquer coisa parecida, esse texto não terá valor.

Eu fazia (faço) aquilo toda tarde de sexta. Entro sorrateiramente na sala para pegar alguns dvd's para assistir na minha mãe. Dvd's que eu deveria estar assistindo com meu pai, que ainda está na 4ª temporada, enquanto estou terminando a 8ª.

Fazia tudo como de costume, pegava a caixa com a série completa, e retirava 2 dvd's da sequência. Até que eu ouvi meu pai subindo as escadas, meu coração parou, minha respiração parou. Eu não sabia o que fazer, com certeza ele iria me castigar por pegar o que não era meu sem a autorização.

Desliguei a luz, ouvidos atentos ao mínimo ruído, esperando a hora certa de sair. Ouvi ele descendo as escadas, voltei, porém ele começara a subir de novo. A tensão era constante ele parou do outro lado da porta pra pegar alguma coisa no armário. Eu não ousei sequer me mexer, ele finalmente foi embora e eu pude sair em segurança.

Em busca de Sentido

Chegara em meio de muitas crianças tristes que clamavam pela volta de seus pais. Ele, dentro desse cenário, começou a chorar silenciosamente, o medo infantil de perder seus pais invadindo-o. E assim começou sua vida acadêmica.


Porém, já nos primeiros dias de escola, ele conheceu aqueles que, mais tarde, se tornariam seus melhores amigos, Thiago e Pedro. Ele, entretanto, não deixava de notar numa pequena garota que ficava em sua frente nos cantos do Hino Nacional. Depois de alguns dias pensando, resolveu falar com ela num intervalo, ela se chamava Marina, e depois disso ele nunca mais a viu.


Aí então, começa aquela fase em que os garotos tem medo das meninas, talvez porque elas cresçam antes, e logo, são maiores que eles. No seu terceiro ano naquele colégio, ele conheceu outra garota, que a principio ele odiava, mas percebeu que esse ódio era, na realidade, uma afeição, não vou considerar nada como amor. Eles começaram a conversar, Ludmila era o nome dela, e ela realmente tinha os defeitos que ele apontara antes, sua conclusão era que ela era muito "metida". 


No seu quarto ano, ele ficou sabendo que um de seus melhores amigos era perseguido por uma garota, chamada Poliana, ela corria atrás dele nas aulas de educação física da prof. Helena. A Poliana tinha uma irmã gêmea chamada Nicole, que na opinião dele era mais bonita, mesmo sendo gêmea. Deu certo deles se encontrarem numa festa. Enquanto a Poliana corria atrás do Thiago ele ficou conhecendo a Nicole. E esse foi seu primeiro relacionamento afetivo em sua vida. Ela era tudo que ele procurava, e talvez a recíproca fosse verdadeira. E aquela fase do São Luiz acabou, todos se despediram e continuaram suas vidas separadamente.


Ele foi pra um colégio religioso onde sua adaptação foi mais rápida que no outro. No começo, ele estava realmente preocupado em se mostrar um aluno excepcional. Só que, como em qualquer lugar, existem pontos que desviam a nossa atenção. Nesse caso eram as garotas. Diferentemente do outro colégio, nesse haviam mais garotas bonitas do que feias, em sua opinião. E logo ele se apaixonara por uma delas.


Ela se chamava Bruna. Tinha os olhos mais bonitos que já vira. Ele se declarou, mas ela não se deu ao trabalho de responder. O ano se passou e ele mudou de turno na 6ª série. De manhã, ele novamente se esforçava em suas notas, mesmo que elas estivessem sempre um pouco menores. No meio do ano, uma deusa havia aparecido em sua sala, era a menina mais bonita que tinha visto, incluindo os seus sonhos mais absurdos. 


O nome dela era Daphne e ela vinha de Moçambique. Ele disse a ela que a amava de uma forma um pouco ortodoxa. Emprestou o livro de Português dela e colocou uma carta explicando tudo. Ela veio e agradeceu-o, mas disse que não podia. No outro ano ele voltou para a tarde, e nesse turno ele conheceu uma menina que lavou o seu cérebro, afinal, ela não era das coisas mais bonitas, e mesmo assim fez ele se perder.


A oitava série, deu início a uma era na sua vida romântica. Mais pro fim do ano ele conheceu uma menina da sétima série, que ele não tinha dúvidas em ser realmente o que ele procurava, divertida, simpática e acima de tudo, linda. A Giovana conquistou de vez o coração daquele pobre rapaz. Pediu a um amigo, pra entregar aquele bilhete, que mais tarde foi considerado um dos melhores que ela já havia recebido.


Chegou a hora do adeus. Mais uma troca de colégio. O 1º ano foi o ano mais calmo desde a 2ª série. Nenhum relacionamento, nenhuma afeição além da de amizade.
Porém parece que tudo ocorreu no 2º ano. Ela surgiu como um tornado em sua mente, que, mais uma vez, estava dominada por esse tipo de pensamento. Ele simplesmente não teve a coragem de dizer a ela, mas ele deixou muito claro o que sentia. E com sua aproximação, ela pensou. Mas nada ocorreu. Disse que precisava de tempo pra se preocupar com coisas mais importantes, eu, como narrador, dou toda a razão pra ela.


Chegou a hora do adeus, e do reencontro. Ele voltara ao Sagrado, e a primeira pessoa que apareceu em sua mente depois desse afastamento foi a Giovana que não havia o deixado de verdade. Mas ela não quis nada novamente. Conheceu a Laura, que por sua vez voltara com o Victor. E como isso deixou ele abalado. Mais tarde veio a Mirella, que insistia em fugir. E logo depois veio a Carolina. Que até então está pousada em sua mente. Mesmo que ela saia por alguns intervalos, ela sempre volta.


Acho que olhando nosso passado nós conseguimos nos basear em nossos erros para não cometê-los no futuro. E o futuro começa daqui a um segundo. Esse texto é uma narrativa cansativa sobre minha vida afetiva desde os meus longínquos 6 anos. Espero que alguém possa tirar algum proveito disso.




  

8234

Ontem foi 8233
Amanhã será 8235
Estou velho.

Ontem

Ontem foi estranho
Aqui não estava
O local era outro
As pessoas eram outras
Algumas delas sobreviveram
Ótimo, mas por outro lado
Outras morreram.

Retrato do século XXI

Vamos,  Vamos,  Vamos
Vamos, Vamos, Vamos
Vamos,Vamos,Vamos
Pra onde?
Não é pra rir.

Sol - Ré - Lá - Mi menor

Naquela noite,
Quando tudo acabou
Ela surgiu, quando fui.
No começo, eu nada senti.
Eu olhei, fitei e jamais esquecerei
Liguei, chamei, ela foi embora
E eu me calei.

Inconstância

Surgiu, não controlei
Quando vi, já liguei
Me avisaram, não compreendi
Saímos, ia dar certo, tudo corria bem,
A noite, ele apareceu, o céu caiu.
Saí pela rua.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Maestrina

Por quê? Porque não aproveitei.
Por que não aproveitei?
Ela, apesar de todas as advertências, 
conseguiu me desviar.
Saímos, não deu certo, ela* me avisou,
Não dei ouvidos, acabou.

Gaitas e Harmônicas.

Ela voltou.
Como posso lidar com tal situação?
Que por si só é ambígua.
Me faz rir e chorar.
Ela, com outro, talvez indecisa, talvez segura.
Ela, amo-a, não sei, amava, sei.
O outro, aquele que teve sucesso, não está aproveitando.
Hoje pode ser ótimo, mas também não pode
Ele sai, eu entro.
E o mundo vai e vai.

2010 ou 20/10

De manhã eu a reencontrei, tudo parecia tão lindo, tudo corria tão bem. Mas logo tudo desabou. A verdade, mais uma vez, prevaleceu, e, daquela vez, ela não me favorecia.


Uma depressão assolou-me, perdi-a pela segunda vez. Porém, nessa mesma manhã eu conheci uma outra garota, tão bela quanto a primeira. E instintivamente, eu a amava. Outra vez a vida me enganara e ela voltou com o outro.


De tarde, eu mal sabia como me conter, lembrei-me daquela que tinha conhecido antes, ela me parecia muito promissora, não tinha outros relacionamentos, era linda, ela me levou ao seu encontro quase que magneticamente. Não pude resistir. Tentei de diversas formas, mas ela não quis.


Decidi, amor não era mais um problema pra mim, conheci muitas naquela tarde, muitas que valiam a pena, e todo o sofrimento, mas não corri atrás. Até que ela voltara a minha mente, devido a uma lei básica da vida. Ela porém, complicada e simples como todas, esfriou, e eu a esqueci.


Agora a noite começa e eu não sei o que a vide me espera. Posso continuar a seguir a vida escrevendo, ou vivendo para ter o que escrever, mas de uma coisa eu sei, o amanhã vai ser bem diferente.