segunda-feira, 26 de março de 2012

Montanha Russa


“Estou bem.” - Talvez fosse a pior mentira do universo. De certo, a maior mentira que Carolina poderia contar a si mesma. E este é o início, também o meio, o fim. É o ponto de partida para fixar-se nas tristezas, prender-se num mar de profundezas. Começar a crer que nada pode melhorar e que tudo é tendência a piorar.
“Sempre me disseram que palavras têm poder...” - Pensava. Talvez essa seja a forma de mudar, talvez.
Era, de fato, a hora de mudar, de pensar em coisas importantes, de sonhar alto. Mas tudo a impedia de sonhar. O amor lhe prendia, e por mais forte que ela tentasse se soltar, o amor era mais forte. Era um ponto de estagnação que ela não suportava mais. A hora de Carolina já havia passado, era hora de correr atrás, de se desvencilhar de incomodos, e de amores. Tudo era um ânimo momentâneo, e esse mesmo já havia passado. Carolina não gostava das surpresas, não gostava de parques de diversões e, principalmente, não queria ter sua vida em um carrinho de montanha russa e eram esses altos e baixos que Carolina já não aguentava mais.

Renata Macedo e Franco Ferreira

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