segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dois e Oitenta

Novamente as flores amarelas estavam naquela velha calçada remendada. Os garis varriam todas elas para um canto e, sem querer, destruíam toda aquela beleza constantemente pisada pelos pedestres apressados.
Mais um ano que estava ao fim. Mais uma vez em que Evaldo andava cabisbaixo, com outros hábitos, indo para outros lugares, mas nunca deixando de passar por ali. As pequenas flores ainda o traziam velhas lembranças e o faziam tentar imaginar novos futuros. Dois anos se passaram, mas Evaldo não queriam mais ter que esperar doze meses para revê-las. Preferia ficar lá, esperando que as flores o cobrissem.

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