terça-feira, 1 de maio de 2012

Tempo

Evaldo pensava no tempo. Em toda uma dimensão, todo um fluxo e em todo esse louvor pelo tempo dos dias modernos. Pensava em como seria a vida se não houvesse a incerteza criada pelo tempo. Sentado, em meio aos seus rascunhos, Evaldo ia esboçando à lápis sua própria opinião do tempo. Sentindo o frio que ele sentia a medida que aquele mesmo tempo passava. Tão presente, tão constante, mas maleável ao mesmo tempo. Parecia até que era alguma ilusão criada por nós mesmos, pra representar justamente a passagem do tempo. Confuso... amassou e jogou longe. "Parece que para definí-lo tenho sempre que recorrer à alguma palavra que já carrega em si uma ideia pre-estabelecida do que é tempo." Tinha lido isso num artigo muito bom sobre justamente o tempo. Não sabia mesmo como definí-lo, era algo muito além da compreensão. Como diziam as músicas, "O tempo era um amigo precioso." Mas seria o tempo, algo subjetivo? Sim, somente pelo fato de que não podemos definí-lo. O problema reside em querer compará-lo com outras coisas. O tempo é mais que isso, ele é um sentido, assim como visão e audição, e ele serve para nós sentirmos o universo. Ele é algo muito superior a nós, ele é uma constante universal, mesmo que inconstante. Seria justo louvá-lo como um deus, pensou Evaldo, mas logo se lembrou que as pessoas já o louvam. Não havia por fim, nada de errado. Eram mais uma daquelas questões existencialistas que jamais iríamos encontrar respostas.

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