segunda-feira, 9 de abril de 2012

Poliamor

Os sentimentos de Evaldo eram conflitantes, e isso só o deixara pior do que estava. Carolina estava triste, distante e de uma certa forma tinha razão. Evaldo tomara suas dores, e sozinhos, sentados a um muro, estavam a beira de lágrimas. Evaldo viu Carolina ir embora, e não podia fazer mais nada. O ônibus virou a esquina e uma lágrima correu pelo rosto de Evaldo. O céu se fechou e despejou uma chuva colossal, enquanto as lágrimas de Evaldo continuavam a cair. As pessoas todas corriam por marquises e se protegiam da água torrencial, mas Evaldo só foi para casa. Perdido em seus próprios pensamentos, e encharcado até os ossos, ele andava pelas ruas desertas em meio as correntezas formadas pela chuva, pensando, somente pensando em tudo que Carolina foi pra ele, desde o primeiro "oi" até o abraço silencioso da rodoferroviária. Curitiba chorou na quinta, no domingo. Curitiba deu adeus a uma amizade. Curitiba deu adeus à Carolina e tudo de bom que ela, pelo menos a mim, trouxe.

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